sábado, 30 de agosto de 2008

Jalaluddin Rumi

Em todas as minhas leituras místicas e espiritualistas, um nome é citado por todos, desde Osho , Deepak Chopra até Eckhart, falam da sabedoria desse poeta persa, cuja beleza e verdade dos versos me deixa extasiada, daí minha homenagem e a tentativa de aprender um pouco mais sobre esse homem maravilhoso.
Rumi nasceu em 30 de Setembro de 1207 onde hoje é o Afeganistão e morreu na Turquia, em 17 de dezembro de 1273. É considerado o criador do Sufismo, a vertente mais mística do islamismo. Acreditava que o exercício do amor era essencial para o amadurecimento e aperfeiçoamento dos seres humanos. Pregava a tolerância, a bondade, a paciência, a calma e a compaixão incondicionais. Depois da sua morte, seus seguidores fundaram a Ordem Mevlevi, que a gente reconhece como aqueles derviches que dançam, girando... Essa dança, chamada “sema”, é uma forma de oração coletiva. A UNESCO declarou 2007 o Ano Internacional de Rumi e para celebrar os 800 anos do nascimento do poeta, o governo da Turquia convidou 300 derviches e vários cantos do mundo para dançar na maior “sema” jamais vista.



Conhecido por muitos como o misticismo do Islã, o sufismo é uma filosofia de autoconhecimento e contato com o divino através de práticas meditativas, retiros espirituais, danças, poesia e música. Os sufis acreditam que Deus é amoroso e o contato com ele pode ser alcançado pelos homens através de uma união mística, independente da religião praticada. Por este conceito de Deus, foram, muitas vezes, acusados de blasfêmia e perseguidos pelos próprios muçulmanos exotéricos, pois contrariavam a idéia convencional de Deus.

Alguns poemas de Rumi:


Vem. Conversemos através da alma.

Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.

Sem exibir os dentes, sorri comigo, como um botão de rosa.

Entendamo-nos pelos pensamentos, sem língua, sem lábios.

Sem abrir a boca, contemo-nos todos os segredos do mundo, como faria o intelecto divino.

Fujamos dos incrédulos que só são capazes de entender se escutam palavras e vêem rostos.

Ninguém fala para si mesmo em voz alta.

Já que todos somos um, falemos desse outro modo.

Como podes dizer à tua mão: "toca", se todas as mãos são uma?

Vem, conversemos assim.Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.

Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.

Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.

Vem, se te interessas, posso mostrar-te.


A evolução da forma

Toda forma que vêstem seu arquétipo no mundo sem-lugar.

Se a forma esvanece, não importa,permanece o original.
As belas figuras que viste,as sábias palavras que escutaste,

não te entristeças se pereceram.
Enquanto a fonte é abundante,o rio dá água sem cessar.

Por que te lamentas se nenhum dos dois se detém?
A alma é a fonte,e as coisas criadas, os rios.

Enquanto a fonte jorra, correm os rios.

Tira da cabeça todo o pesar e sorve aos borbotões a água deste rio.

Que a água não seca, ela não tem fim.
Desde que chegaste ao mundo do ser,

uma escada foi posta diante de ti,para que escapasses.

Primeiro, foste mineral;depois, te tornaste planta,e mais tarde, animal.

Como pode ser isto segredo para ti?
Finalmente foste feito homem,com conhecimento, razão e fé.

Contempla teu corpo; um punhado de pó vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido tua jornada,decerto hás de regressar como anjo;

depois disso, terás terminado de vez com a terra,e tua estação há de ser o céu.
Passa de novo pela vida angelical,entra naquele oceano,e que tua gota se torne o mar,

cem vezes maior que o Mar de Oman.
Abandona este filho que chamas corpo e diz sempre Um; com toda a alma.

Se teu corpo envelhece, que importa?Ainda é fresca tua alma.



Para saber mais: http://www.rumi.net/rumi_by_shiva.htm

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Estocolmo


Estocolmo fica na parte litoranêa da Suécia. Está situada num arquipélago de catorze ilhas e ilhotas, unidas por 53 pontes, na região onde o Lago Mälaren encontra o Mar Báltico. Seu relevo é de planície, chegando no máximo a 200 metros de altitude em relação ao mar em alguns pontos.

Além de ser uma grande cidade com uma vida cultural ativa, Estocolmo enquanto capital também abriga várias das instituições culturais da Suécia, incluindo teatros, ópera e museus. Há dois prédios que são Patrimônios Culturais da Humanidade, de acordo com a UNESCO, em Estocolmo: o Palácio Drottningholm e o Skogskyrkogården. No ano de 1998, Estocolmo foi designada Capital Européia da Cultura. A origem do nome da cidade, provém da qualidade de vida, que é uma das melhores do mundo.




A cidade possui um elevador que os brasileiros apelidaram de "Lacerdinha", pois é parecido com o elevador Lacerda de Salvador, e liga a parte baixa com a alta da cidade.








Estocolmo é mais conhecida pela cerimônia de entrega do Prémio Nobel que ocorre todos os anos, mas a cidade é também sede da maior concentração de universidades e de instituições de ensino superior isoladas da Suécia.

















A capital da Suécia foi uma das poucas capitais européias não atacadas durante a Segunda Guerra. Por isso, e graças ao conhecido valor que os nativos sabem devotar à cultura e à história, permanece como um museu a céu aberto, uma impressionante coleção de construções que remontam à Antiguidade, passam pela Idade Média e alcançam o ápice da Renascença e da Modernidade. Cortada por canais, Estocolmo é uma cidade que alterna o transporte terrestre com o aquático – historicamente, a Escandinávia é uma região que tem fascínio pelas águas; desde os vikings e provavelmente, antes disso.





Aliás, é em Estocolmo que está um dos mais interessantes museus do mundo, o Vasa. Ele possui apenas uma peça principal: um imenso e espetacular navio de guerra viking. Soube que o encontraram no fundo de um dos canais da cidade e passaram décadas ‘tratando’ o navio embaixo d’água, de forma a preservá-lo quando fosse trazido à tona. Assim aconteceu: colocaram a nau na margem do canal e em torno dele construíram o Vasa Museum. Inaugurado em 1990, é o museu mais visitado da Escandinávia e o galeão é a única grande embarcação do século XVII intacta, hoje remanescente no mundo. Espetacular.


















Entendo que, pela vida ‘certinha’ demais e pelo frio que perdura por mais da metade do ano (os dias chegam a ter apenas 4 horas em dezembro e janeiro!), é quase impossível para nós, seres tropicais, morar na Suécia. Mas não tenho dúvidas de que Estocolmo é uma das cidades mais ‘visitáveis’ do planeta.





Cortada por muitos canais, uma grande opção é fazer um passeio de barco e poder apreciar a cidade pelo lado das águas. Esse que eu fiz foi "Estocolmo sob as pontes". Teve uma duração de duas horas e vimos todos os pontos interessantes, passando por baixo de diversas pontes.

















Foi uma viagem inesquecível!







Fotos: Queila Levinstone
Dados: Wikipedia



























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