quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quem é Deus?




Alguém me perguntou quem era Deus.

No rápido pensar disse:



- Deus é a poesia nas coisas.









Já viu o verde no verde?














                           Já viu o beija-flor no beijo?
















Já viu a água na água e seus peixes?












                                Já escutou a canção do vento?

                                       Antes escuta o silêncio.











Verás as notas estampadas nas nuvens.

Verás, creia!







Deus é a poesia na poesia.



É esse pulsar que anuncia que estamos vivos.

Creia

Creia amigo

Sinta a terra abaixo dos pés





JeanClaudio

28/06/11

sábado, 21 de maio de 2011

As maravilhas do crochê!


Antigamente fazer crochê ou tricô era coisa para a vovozinha, hoje não, está nas passarelas, nas revistas de modas e é chic!



Os blogs e sites especializados nessa arte se multiplicam
e as peças ficam cada vez mais sofisticadas.

É arte pura! é glamour, é crochê!!








Mas não fica só no vestuário, ganha as ruas...












                                                       Vira peça decorativa...


Se torna útil ...




Se abre ao mundo....



Vira acessório....


Colore o mundo....

E me deixa feliz e cada vez mais apaixonada por esse mover de dedos, linhas e agulhas.

Meninas e meninos desse meu Brasil varonil, vamos criar, vamos criar...vamos criarrrrrrrrrrrrrr!!!!!!


Texto: QL
Fotos: Internet



Veja isto também:
Sorteio de quadrinhos de crochê

Crochê pelo mundo







segunda-feira, 9 de maio de 2011

Transformando a Ansiedade



As emoções podem não ter olhos, bocas ou  estômagos, mas podem sugar as nossas energias, hipnotizar-nos e destruir o nosso estado natural de equilíbrio. As emoções tem o poder de atrair-nos para um reino artificial de sensação, capaz de obter o controle de nossas energias positivas. Parece que as pessoas precisam de emoções, como precisam de sal na comida. Mas as emoções são perigosas e instáveis, pois o que começa como prazer termina, não raro, em dor. E, quando estamos no meio de uma situação emocional, podemos ficar cegos pela dinâmica da situação, de modo que nossas impressões e perspectivas deixam de ser claras.



Uma das emoções mais difíceis de manipular é a ansiedade. À superfície, a ansiedade talvez não aparente ser um problema tão grande mas, no que diz respeito à nossa consciência humana, pode perturbar a nossa abertura meditativa de tal sorte que acabamos perdendo completamente o equilíbrio.

Dir-se-ia que o único jeito que conhecemos de buscar satisfação ou auto-realização é através de um ansiar sem fim. Embora consigamos, às vezes, satisfazer temporariamente os nossos desejos, a satisfação dura pouco, e só nos fica o desapontamento, o qual, por sua vez, nos conduz a uma ansiedade ainda maior. A maior parte dos seres humanos é assediada pelo desejo. O agarrar e o desejar são semelhantes a uma vela, cuja chama é a ansiedade. Essa contínua frustração significa que estamos insatisfeitos e infelizes porque raramente conseguimos o que desejamos. Andamos sempre procurando - movendo-nos na direção do que está fora de nós.

Quando estamos atentos, em lugar de perder-nos em conflitos e de entregar-nos ao sofrimento, autocondenação ou melancolia auto-indulgente, podemos enxergar com rapidez e facilidade, através das nossas dificuldades e transformar a energia negativa em positiva.



Ao surgirem problemas na meditação ou na vida diária, quando somos demasiadamente emocionais ou estamos presos a um padrão de comportamento que nos faz sofrer, é chegado o momento de praticar a abertura e o equilíbrio e de despertar a atenção. Quando estamos tristes ou zangados, por exemplo, e nos concentramos adequadamente na emoção, olhando para ela com intensidade de cima para baixo, e depois enfrentando-a diretamente, ela desaparece - porque vemos que na verdade, não é "nada". Com a prática podemos equilibrar com presteza uma situação deprimente ou frustrante movendo a mente para trás e para frente - fazendo-a feliz - e observando, durante o tempo todo, o que está acontecendo dentro de nós. Primeiro, podemos fazer alguma coisa positiva, depois alguma coisa negativa. Para começar, mude a mente para a depressão e chore de verdade. Logo em seguida, mude para o riso.

Que são, na realidade, tais emoções? Por que devo ser controlado por esses estados mentais transitórios?



A tristeza não é tão séria nem a felicidade tão frívola.

Cada experiência que temos pode ensinar-nos quanta tolice existe em sermos tão dramáticos e sérios - e que podemos transcender até as nossas dificuldades, pois nada é permanente.





Texto: Tarthang Tulku do livro Gestos de Equilíbrio.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Bendito Sejam os Frutos!







Já me inundei nas águas refrescantes da melancia, 








                                                                                  
                                               já me amarelei do caroteno das abóboras...



do cheirinho mágico do manjericão,





da delicadeza dos tomatinhos cereja...
   
pimentão...
maxixe...
hortelanzinho...
maracujá...







                                                                            Alecrim, alecrim dourado


                                                                           Que nasceu no campo

                                                                           Sem ser semeado...




E até milho prás galinhas!

E por aí vai.

 Essa é a minha horta mandala dando os primeiros frutos.

Benditos sejam esses frutos que me dão saúde, exercício físico,


aula  prática para a paisagista inciante,

 muita média com os amigos que também participam desse banquete e até algum dinheiro com os excedentes.


E prá  falar que eu não  falei das flores...

É tudo orgânico...

É muito amor....

É muito suor...

É a magia da vida transformando alquimicamente o carbono, a água, a luz e o oxigênio em todas essas iguarias.



Participam dessa festa também os grilos, os pulgões, os percevejos, as formigas e milhões de outros bichinhos e bichanos que fazem parte da mandala da vida.



E aí a gente vai afagando a terra


Conhecendo  os desejos dela e descobrindo o seu cio , a estação propicia de fecundar o chão.

Obrigada Mãe Natureza por me deixar existir e participar desse paraíso!


Texto e fotos: Queila Levinstone


 













terça-feira, 15 de março de 2011

No Frigir dos Ovos...

PERGUNTA : alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?



RESPOSTA : quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem idéias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa.

E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas.

Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.

Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.

Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.




Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.

O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.

Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco...

A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.



Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.



Texto: autor desconhecido


terça-feira, 8 de março de 2011

Relação de Amor e Ódio

A menos que você seja iluminado, todos os seus relacionamentos, principalmente os mais íntimos, vão apresentar defeitos profundos. Durante um tempo, eles podem dar a impressão de serem perfeitos, mas, invariavelmente, essa perfeição aparente acaba destruída por discussões, conflitos, insatisfações e até mesmo violência física e emocional, que passa a acontecer com uma frequência cada vez maior. Parece que a maioria dos "relacionamentos amorosos" não leva muito tempo para se tornar uma relação de amor e ódio.



Os relacionamentos oscilam entre esses dois polos e isso é visto como normal. Os casais se tornam viciados nesses ciclos. Esse tipo de drama nos faz sentir vivos.
Pode parecer que tudo se resolveria se conseguíssemos eliminar os ciclos negativos e destrutivos, permitindo que o relacionamento florescesse sem problemas, mas isso não é possível. As polaridades são mutuamente interdependentes. Não podemos ter uma sem a outra. A positiva já contém dentro de si a negativa, ainda não manifestada. Ambas são, na verdade, aspectos diferentes de um mesmo sistema defeituoso.

O lado negativo de um relacionamento é mais facilmente reconhecido como um defeito ou anormalidade do que o positivo. E é muito mais fácil reconhecer no parceiro do que em nós mesmos. O negativo pode se manifestar de várias formas, tais como possessividade, ciúme, controle, ressentimento, insensibilidade e egocentrismo, cobranças emocionais e manipulação, raiva e violência física, necessidade de ter sempre razão, de discutir, criticar, julgar, culpar, agredir, irritar, ou se vingar, inconscientemente de um sofrimento do passado imposto por um dos pais.




Pelo lado positivo, há uma "paixão" pela outra pessoa. No primeiro momento, esse é um estado altamente gratificante. Sentimos que estamos intensamente vivos. Nossa existência passa a ter um significado porque, de repente, alguém precisa de nós, nos deseja, e nos faz sentir especial. Além disso, provocamos as mesmas sensações no outro, o que faz com que os dois se sintam completos. O sentimento pode se tornar tão intenso que o resto do mundo perde o signifcado.




Ficamos viciados na outra pessoa, que age sobre nós como uma droga. Quando a droga está disponível, nos sentimos muito bem. Mas a possibilidade, ainda que remota, de que ela não esteja mais ali, disponível para nós, pode levar ao ciúme, à possessividade, a tentativas de manipulação através da chantagem emocional, culpa ou acusações - o que no fundo, é o medo da perda. Se a outra pessoa nos abandonar mesmo, pode fazer nascer a mais intensa hostilidade, ou um profundo desespero. Em segundos, a ternura amorosa pode dar lugar à agressão selvagem ou a um desgosto terrível. Onde é que está o amor agora?




   Será que o amor pode se transformar no seu oposto em segundos?




Será que era amor de verdade ou um vício, uma dependência?











To be continued........






Texto: Eckhart Tolle

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Lila, o jogo divino

O universo desponta quando a consciência toma um corpo e uma forma, formas abstratas e formas materiais. Olhe para os milhões de formas de vida só neste planeta. No mar, na terra, no ar e como cada uma dessas formas se reproduz milhões de vezes. Com que propósito? Será que alguma coisa ou alguém está jogando um jogo com a forma?



É isso o que os antigos profetas da India se perguntavam. Viam o mundo como LILA, uma espécie de jogo divino jogado por Deus.  As formas de vida individuais não são obviamente muito importantes nesse jogo. No mar, a maioria das formas de vida não sobrevive por mais de alguns minutos depois de ter nascido. A forma humana também vira pó bem rapidamente e, quando ela se vai, é como se nunca tivesse existido. Isso é trágico ou cruel? Só se criarmos uma identidade separada para cada forma e esquecermos que a consciência de cada uma é a expressão da essência divina através da forma.



Se um peixe nasce no seu aquário e você lhe dá um nome de João, escreve uma certidão de nascimento, conta-lhe a história da família dele e, dois minutos depois, o vê sendo engolido por um outro peixe, isso é trágico. Mas só é trágico porque você projetou um eu interior separado onda não havia nenhum. Você se apoderou de uma fração de um processo dinâmico, uma dança molecular, e fez dela uma entidade separada.



A consciência assume formas tão complexas para se disfarçar que acaba se perdendo completamente nelas. Nos dias atuais, a consciência está totalmente identidificada com seu disfarce. Só se conhece como forma e assim vive com medo da destruição da sua forma física ou psicológica. Essa é a mente egóica, e é aqui que surge uma grave disfunção. Agora parece que alguma coisa deu errado em algum ponto ao longo da linha de evolução. Mas isso é parte da LILA, o jogo divino.





Por fim, a pressão do sofrimento criada por essa aparente disfunção obriga a consciência a se desidentificar da forma e a faz despertar do sonho. Ela recobra sua autopercepção, mas num nível muito mais profundo do que quando a perdeu.


Texto: Eckhart Tolle (O poder do Agora)

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