domingo, 30 de março de 2008

Para Que Serve Uma Relação?









Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça.
Todos fadados à frustração.




















Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso.







Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.






Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.








Promessas Matrimoniais



Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento, a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre: "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"















Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:
- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?



- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?

- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?














- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.







Fonte: http://www.cuidardoser.com.br/ (texto de Martha Medeiros)


terça-feira, 25 de março de 2008

Primavera

LENDA DA ORIGEM DA PRIMAVERA





"É o mito que era celebrado na Antiga Grécia com as Iniciações de Eleusis. Conta a lenda que Demeter, a Mãe Terra, tinha uma filha, chamada Perséfone (Prosérpina para os romanos). Um dia ela colhia flores num campo quando, por uma fenda no chão, surgiu Hades (ou Plutão), deus do reino dos mortos, que a raptou e a levou para o seu mundo subterrâneo.



















Demeter ficou desesperada com a perda da amada filha, chorou e entristeceu, e a terra secou, não dando mais alimentos para seus filhos. Demeter retirou-se em Eleusis para chorar, enquanto os homens morriam de fome e tudo ficava escuro e frio.
















Zeus (ou Júpiter), com pena de Demeter, ordenou a Hades que devolvesse a filha amada à sua mãe. Mas Perséfone havia comido uma romã enquanto estava com Hades, e tinha assim, simbolicamente, se ligado a ele. Para chegar a um compromisso, Hades e Demeter fizeram um acordo: Perséfone passaria seis meses na Terra com a mãe e voltaria ao mundo dos mortos durante os outros seis meses.

























A volta de Perséfone à Terra marcaria assim o retorno da vida, da estação das flores e do tempo bom, com o início da Primavera. Esse mito nos lembra a promessa da "vida após a morte", do eterno ciclo que faz tudo renascer continuamente, como num eterno carrossel. O Inverno então seria o tempo em que os grãos estão debaixo da terra, na espera da Primavera para renascer, como nossas almas que passam um período de ‘inverno’ entre as várias encarnações. Outras analogias podem ser feitas analisando o mito: a necessidade do compromisso e do acordo, o ciclo da vida e dos acontecimentos na terra e outros mais".























História da Origem da Primavera


Antigamente, o ano era dividido em duas estações básicas: VER, VERIS - o bom tempo, a estação das flores e das frutas e HIEMS, HIBERNUS TEMPUS - o mau tempo, a estação da chuva e do tempo frio.




O VER foi rearrumado em 3 períodos:1) o princípio do bom tempo, chamado PRIMO VERE (mais tarde, a nossa primavera), que hoje seriam os dois primeiros terços desta estação.
















2) a segunda parte do VER - o veranum tempus, origem de nosso vocábulo verão, final da primavera e início do tempo quente.













3) o final do tempo do VER, o AESTIVUM, raiz do vocábulo português estio e que correspondia ao final do verão dos nossos tempos atuais.


HIEMS, a estação do mau tempo, foi fracionado em TEMPUS AUTUMNUS (o outono) e TEMPUS HIBERNUS (o inverno).Este modelo de cinco estações foi adotado até o século XVI: primavera, verão, estio, outono e inverno. A partir do século XVII, foi estabelecido o atual sistema de estações, com o tempo dividido em quatro partes iguais, assinalados pelos dois equinócios - primavera e outono - e pelos dois solstícios - inverno e verão.



Que alegria ter a primavera de volta aqui no Norte! É tempo de flores, cores, amores , pássaros cantores e trabalhadores nos jardins.




quinta-feira, 20 de março de 2008

Voluntariando...

Associação Comvida

Oficina de Jardinagem
Instrutora: Queila Levinstone
Coordenadora: Rita Brito

O que é voluntariado?

Segundo definição das Nações Unidas, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos..."
















Como toda definição, soa fria e sem a energia de uma doação, mas serve como parâmetro para o começo de uma jornada. Voluntariar é muito mais do que "dedicar parte do tempo sem remuneração". Primeiramente, para voluntariar você tem que estar inteiro , de bem consigo mesmo. Às vezes, a pessoa parte para a ajuda, mas no fundo quer mesmo é ser ajudada. Ela participa de trabalhos para os quais não está preparada psicologicamente. Isso pode acabar aumentando suas próprias feridas, no caso de um acontecimento não superado, e ainda atrapalhar o andamento da instituição.

















Por isso, antes de se inscrever numa ONG, num centro de saúde ou em qualquer lugar de voluntariado, o primeiro passo é analisar suas motivações e se preparar para uma boa dose de envolvimento. Trabalho voluntário não é caridade. Tem que ter profissionalismo, comprometimento, vontade de trabalhar.



Outro ponto importante para quem está percorrendo esse caminho é saber manter um certo distanciamento entre os problemas enfrentados nessa atividade e os seus. Isso evita que o trabalho de cooperação não se torne mais uma fonte de frustrações e tristezas.
















Quando escolher uma entidade, entre em contato e vá visitá-la. Descubra exatamente o que esperam de você e se o trabalho está dentro de suas intenções e disponibilidade. Lembre que o voluntariado exige o mesmo grau de profissionalismo que uma empresa.

O que fazer com o tempo disponível (na semana)

- 1 hora: ajudar no planejamento de ações, contar histórias em asilos, creches e hospitais, dar palestras, atualizar o site da instituição e outras atividades de escritório.





- 2 horas: legalizar a situação dos moradores de rua, coletar doações, organizar materiais para uma atividade a ser desenvolvida, acompanhar doentes em exames complicados, distribuir sopa de madrugada a desabrigados, ajudar na cozinha.









- 1 manhã: participar de ações em favelas, trabalhar com crianças especiais, dar aulas, organizar feiras e bazares comunitários, auxiliar deficientes visuais em suas tarefas de leitura.



- 1 dia inteiro: visitar instituições no interior do estado, participar de mutirões, se envolver em atividades que exijam deslocamentos para lugares distantes.


Obrigada a todos os que participaram da oficina de jardinagem, em especial a Ritinha e os meninos da comunidade Catu de Abrantes, pelo interesse, trabalho e dedicação.


































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