Vejo o ensinamento de Cristo da seguinte maneira: em primeiro lugar, procuro ver a mensagem em si, desvinculada do Cristianismo, até onde isso é possível. Do ensinamento que chegou aos nossos dias, inclusive os contidos nos evangelhos apócrifos, de que conheço pouca coisa, destaco três afirmações, que, para mim, são fundamentais.
1 – Buscai o reino de Deus e sua glória, e todas as outras coisas vos serão acrescentadas;
2 – O reino de Deus está dentro de vós;
3 – Vós sois Deuses.
A primeira afirmação é a de que se deve buscar o reino de Deus em primeiro lugar. Essa é a principal coisa a ser feita na vida. Não significa isso negar o buscar os meios de sustento, a saúde, constituir ou não uma família, gerar ou não filhos. Na nossa sociedade atual, lutar pelo ganho do sustento, pela profissão e, se possível, por sucesso, posição, prestígio, tornou-se a busca principal para a maioria.
A segunda afirmação é a de que o reino de Deus está dentro de cada um. Essa frase já foi transformada para “o reino de Deus está entre nós”, etc. O reino de Deus está dentro de vós, entre nós e em toda parte. O reino de Deus é a totalidade da vida, manifesta e imanifesta. Mas deve-se buscar o reino no “lugar” mais próximo possível – dentro de vós. Se busco a fonte de mim mesmo, tenho de encontrar a minha origem em Deus. Não há outro criador. Eu surjo de Deus.
A terceira afirmação é a de que “vós sois Deuses”. O Cristo disse isso citando David. Se fosse dizer a mesma coisa a apenas uma pessoa, o Cristo teria de dizer: “Você é Deus”.
O Cristo não disse: “Busque primeiro uma igreja, ou uma comunidade religiosa, ou um livro sagrado, ou um mosteiro, ou uma oração, ou fazer boas obras”. Ele disse: “Buscai primeiro o reino de Deus”.
A palavra “Deus” parece que vem do sânscrito “Dyaus”, que significa o espaço exterior, os céus. Dyaus, Zeus, Deus, Céus.
Quando Moisés, de acordo com “Êxodus”, perguntou a Deus quem ele era, a resposta foi a frase “Ehyeh Asher Ehyeh”, que é traduzida como “Eu Sou esse Eu Sou”, “Eu Sou quem Eu Sou”, ou “Eu Sou o que Eu Sou”. Existem alguns que traduzem como “Eu serei o que serei”. Para mim, essa tradução é incorreta, porque “eu serei” implica tempo, e Deus é atemporal. Deus é o presente atemporal. O suposto tempo pertence à criação. Mesmo com a criação, Deus continua sendo atemporal.
Ramana Maharshi, pois, recomenda que se preste atenção ao “Eu Sou”, que se dê atenção ao verdadeiro Si Mesmo. Para facilitar a auto-atenção, ele recomenda que sejam feitas as perguntas: “Quem sou eu?”; “De onde surge o pensamento ‘eu’?”; “Qual a fonte do pensamento ‘eu’?”; “O que é isso que aparece como ‘eu’?” Essas perguntas ajudam o indivíduo a voltar a atenção para o “Eu Sou” sem acréscimos, sem misturas, sem conceitos, “Eu Sou” é Deus. Eu não sou as idéias que tenho a respeito de mim mesmo, pois a idéia não é a própria coisa. Quem sou eu?
Quem é Jesus? O que significa Jesus? O nome “Jesus” é uma modificação decorrente das transformações para o grego e o latim do nome original. Qual é o nome original? Em pesquisas, verifica-se que o nome original é “Yaohushua”. De onde vem esse nome? Do tetragrama YHWH, Yaohu, acrescido do verbo “salvar”. A palavra “Jesus”, Yaohushua no original, significa, portanto que o “Eu Sou” é que salva. Quem salva é o “Eu Sou”. “Eu Sou” é a salvação. O “Eu Sou” é o Cristo em nós. O “Eu Sou” é Deus. Nós somos esse “Eu Sou”. “Eu e o Pai somos Um”.
É assim que vejo o ensinamento de Cristo. Para mim, não interessa se existiu, ou não, a figura histórica de Jesus, porque Yaohushua (O que salva é o “Eu Sou”).
1 – Buscai o reino de Deus e sua glória, e todas as outras coisas vos serão acrescentadas;
2 – O reino de Deus está dentro de vós;
3 – Vós sois Deuses.
A primeira afirmação é a de que se deve buscar o reino de Deus em primeiro lugar. Essa é a principal coisa a ser feita na vida. Não significa isso negar o buscar os meios de sustento, a saúde, constituir ou não uma família, gerar ou não filhos. Na nossa sociedade atual, lutar pelo ganho do sustento, pela profissão e, se possível, por sucesso, posição, prestígio, tornou-se a busca principal para a maioria.
A segunda afirmação é a de que o reino de Deus está dentro de cada um. Essa frase já foi transformada para “o reino de Deus está entre nós”, etc. O reino de Deus está dentro de vós, entre nós e em toda parte. O reino de Deus é a totalidade da vida, manifesta e imanifesta. Mas deve-se buscar o reino no “lugar” mais próximo possível – dentro de vós. Se busco a fonte de mim mesmo, tenho de encontrar a minha origem em Deus. Não há outro criador. Eu surjo de Deus.
A terceira afirmação é a de que “vós sois Deuses”. O Cristo disse isso citando David. Se fosse dizer a mesma coisa a apenas uma pessoa, o Cristo teria de dizer: “Você é Deus”.
O Cristo não disse: “Busque primeiro uma igreja, ou uma comunidade religiosa, ou um livro sagrado, ou um mosteiro, ou uma oração, ou fazer boas obras”. Ele disse: “Buscai primeiro o reino de Deus”.
A palavra “Deus” parece que vem do sânscrito “Dyaus”, que significa o espaço exterior, os céus. Dyaus, Zeus, Deus, Céus.
Quando Moisés, de acordo com “Êxodus”, perguntou a Deus quem ele era, a resposta foi a frase “Ehyeh Asher Ehyeh”, que é traduzida como “Eu Sou esse Eu Sou”, “Eu Sou quem Eu Sou”, ou “Eu Sou o que Eu Sou”. Existem alguns que traduzem como “Eu serei o que serei”. Para mim, essa tradução é incorreta, porque “eu serei” implica tempo, e Deus é atemporal. Deus é o presente atemporal. O suposto tempo pertence à criação. Mesmo com a criação, Deus continua sendo atemporal.
O tetragrama judeu para o nome de Deus é “YHWH”. Quando Moisés perguntou a Deus qual a resposta que deveria dar quando lhe perguntassem quem o enviou a seu povo, Deus respondeu: “Diga que ‘Eu Sou’ lhe enviou”. Portanto, Deus está chamando a Si próprio de “Eu Sou”. Assim, o tetragrama YHWH tem de significar “Eu Sou”, o nome de Deus. A pronúncia parece se aproximar de Yaohu, que originou Jah e outros nomes de Deus. Acrescentando-se vogais ao tetragrama, formou-se a palavra “Yahweh”, que modificou-se para “Javé” e “Jeová”.
Ramana Maharshi, um dos maiores Mestres espirituais de todos os tempos, para quem a descoberta da Verdade é a principal ação a ser empreendida pelos seres humanos, a que está em primeiro lugar e acima de todas as outras, recomenda que a investigação seja feita voltando-se a atenção, em primeiro lugar e sempre, para o sentimento “Eu Sou”, presente em cada um.
Ramana Maharshi, um dos maiores Mestres espirituais de todos os tempos, para quem a descoberta da Verdade é a principal ação a ser empreendida pelos seres humanos, a que está em primeiro lugar e acima de todas as outras, recomenda que a investigação seja feita voltando-se a atenção, em primeiro lugar e sempre, para o sentimento “Eu Sou”, presente em cada um.
Uma pessoa diz, p. ex., “eu sou brasileiro”. Mas, o que dizer de um indivíduo que nasceu neste mesmo território antes de ter sido nomeado pelos invasores, colonizadores, descobridores, de “Brasil”, por causa de uma árvore da cor da brasa?
Um indivíduo se forma em economia, p. ex., e diz “eu sou economista”; digamos que depois ele se forma em história – aí ele diz “eu sou economista e historiador”; posteriormente, ele se forma em psicologia – agora ele diz “eu sou economista, historiador e psicólogo”.
Um indivíduo é cristão. Ele diz “eu sou cristão”. Depois se converte ao Islamismo; agora ele diz “eu sou muçulmano”. Ou o contrário.
Portanto, ser brasileiro, economista, historiador, psicólogo, cristão, muçulmano, etc., são coisas circunstanciais, acréscimos. Acréscimos a quê? A “Eu Sou”. “Eu sou” é o que é permanente, estável. “Eu sou isso, eu sou aquilo” é o ego. O puro “Eu Sou”, sem misturas, sem acréscimos, é Deus. Deus está em cada um. Cada um, verdadeiramente, é Deus. “Vós sois Deuses”. “Você é Deus”.
Ramana Maharshi recomenda que se preste atenção a esse sentimento de “Eu”, de “Eu Sou”, de Existência-Consciência. “Eu” é consciência; “Sou” é existência. A existência é consciência. Essa Existência-Consciência é ilimitada, atemporal. Só quando se acrescenta alguma coisa – “Eu sou isso”, “Eu sou aquilo” – é que se limita a Existência-Consciência.
Um indivíduo se forma em economia, p. ex., e diz “eu sou economista”; digamos que depois ele se forma em história – aí ele diz “eu sou economista e historiador”; posteriormente, ele se forma em psicologia – agora ele diz “eu sou economista, historiador e psicólogo”.
Um indivíduo é cristão. Ele diz “eu sou cristão”. Depois se converte ao Islamismo; agora ele diz “eu sou muçulmano”. Ou o contrário.
Portanto, ser brasileiro, economista, historiador, psicólogo, cristão, muçulmano, etc., são coisas circunstanciais, acréscimos. Acréscimos a quê? A “Eu Sou”. “Eu sou” é o que é permanente, estável. “Eu sou isso, eu sou aquilo” é o ego. O puro “Eu Sou”, sem misturas, sem acréscimos, é Deus. Deus está em cada um. Cada um, verdadeiramente, é Deus. “Vós sois Deuses”. “Você é Deus”.
Ramana Maharshi recomenda que se preste atenção a esse sentimento de “Eu”, de “Eu Sou”, de Existência-Consciência. “Eu” é consciência; “Sou” é existência. A existência é consciência. Essa Existência-Consciência é ilimitada, atemporal. Só quando se acrescenta alguma coisa – “Eu sou isso”, “Eu sou aquilo” – é que se limita a Existência-Consciência.
As idéias, as imagens, os conceitos, necessários para se viver em sociedade, no mundo, se tornam um empecilho quando se quer descobrir a Verdade. Nesse campo, toda a atividade de ideação, toda “episteme” (literalmente “sobreposição”), tem de se aquietar. “Aquieta-te e sabe que Eu Sou Deus”. Já que Deus disse a Moisés que ele, Deus, é “Eu Sou” (“Eu Sou esse Eu Sou”), pode-se dizer também: Aquieta-te e sabe que “Eu Sou” é Deus.
Os conceitos, as imagens, as idéias, encobrem a Verdade, encobrem o “Eu Sou”, encobrem Deus. Mas só encobrem aparentemente, assim como a mão colocada na frente do rosto encobre, aparentemente, o sol. Na verdade, a mão interposta ao sol e aos olhos não encobre realmente o sol. E para que a mão e o que pode ser percebido em torno - menos o sol - possam ser vistos, é preciso que haja a luz do sol. Não se pode cobrir o sol.
Os conceitos, as imagens, as idéias, encobrem a Verdade, encobrem o “Eu Sou”, encobrem Deus. Mas só encobrem aparentemente, assim como a mão colocada na frente do rosto encobre, aparentemente, o sol. Na verdade, a mão interposta ao sol e aos olhos não encobre realmente o sol. E para que a mão e o que pode ser percebido em torno - menos o sol - possam ser vistos, é preciso que haja a luz do sol. Não se pode cobrir o sol.
Ramana Maharshi, pois, recomenda que se preste atenção ao “Eu Sou”, que se dê atenção ao verdadeiro Si Mesmo. Para facilitar a auto-atenção, ele recomenda que sejam feitas as perguntas: “Quem sou eu?”; “De onde surge o pensamento ‘eu’?”; “Qual a fonte do pensamento ‘eu’?”; “O que é isso que aparece como ‘eu’?” Essas perguntas ajudam o indivíduo a voltar a atenção para o “Eu Sou” sem acréscimos, sem misturas, sem conceitos, “Eu Sou” é Deus. Eu não sou as idéias que tenho a respeito de mim mesmo, pois a idéia não é a própria coisa. Quem sou eu?
Para os que não conseguem fazer essa investigação direta, Ramana Maharshi diz que podem fazer um pouco de exercícios respiratórios, um pouco de repetição de mantras, de cânticos, de adoração, ou qualquer outro tipo de prática de natureza religiosa, até que a mente tenha força suficiente para a auto-indagação, quando então essas outras práticas podem ser abandonadas.
Paulo: “Não sou eu quem vive, mas é o Cristo que vive em mim”. O Cristo aparece em cada um depois que o ego morre. O Cristo já está ali, mas o ego funciona como a mão interposta ao sol e aos olhos. Para que os conceitos, as idéias, as imagens, as representações sejam vistas, é preciso que haja a luz do “Eu Sou”, a luz da Existência-Consciência. Morre o “homem velho” e fica o Cristo, filho de Deus.
Paulo: “Não sou eu quem vive, mas é o Cristo que vive em mim”. O Cristo aparece em cada um depois que o ego morre. O Cristo já está ali, mas o ego funciona como a mão interposta ao sol e aos olhos. Para que os conceitos, as idéias, as imagens, as representações sejam vistas, é preciso que haja a luz do “Eu Sou”, a luz da Existência-Consciência. Morre o “homem velho” e fica o Cristo, filho de Deus.
Ramana Maharshi diz que a atenção voltada para o “Eu Sou” faz com que os conceitos definhem, o ego se dissolva, e fique existindo apenas como uma corda queimada, que, embora mantenha aparência de corda, não serve para amarrar mais coisa alguma.
Fala-se sobre a salvação. De que é que temos de ser salvos? Evidentemente, temos de ser salvos da ilusão, da perdição, de estarmos perdidos na ilusão, salvos da ignorância, salvos da vida que não é plena e que é, portanto, sofrimento, medo, angústia, banalidade, insuficiência interior, vazio, morte.
Fala-se sobre a salvação. De que é que temos de ser salvos? Evidentemente, temos de ser salvos da ilusão, da perdição, de estarmos perdidos na ilusão, salvos da ignorância, salvos da vida que não é plena e que é, portanto, sofrimento, medo, angústia, banalidade, insuficiência interior, vazio, morte.
Quem é Jesus? O que significa Jesus? O nome “Jesus” é uma modificação decorrente das transformações para o grego e o latim do nome original. Qual é o nome original? Em pesquisas, verifica-se que o nome original é “Yaohushua”. De onde vem esse nome? Do tetragrama YHWH, Yaohu, acrescido do verbo “salvar”. A palavra “Jesus”, Yaohushua no original, significa, portanto que o “Eu Sou” é que salva. Quem salva é o “Eu Sou”. “Eu Sou” é a salvação. O “Eu Sou” é o Cristo em nós. O “Eu Sou” é Deus. Nós somos esse “Eu Sou”. “Eu e o Pai somos Um”.
É assim que vejo o ensinamento de Cristo. Para mim, não interessa se existiu, ou não, a figura histórica de Jesus, porque Yaohushua (O que salva é o “Eu Sou”).
Texto: Domingos Milton
Olá Queila!
ResponderExcluirE as férias estão acontecendo ou já voltastes?
Vim fazer reflexão ( com seu texto ) e desejar bom início de semana.
bj.
Baísa