A poesia saiu Foi à rua colher vidas
Foi
Foi colher canções
Afiadas, rimadas em ódio e amor
Foi
Foi além do poeta que cisca no quintal
Foi beber as pessoas do copo
Foi lá
Foi lá ver os cães abandonados
Foi sentir as guerras das torcidas
Foi foi
No gol rasgando a rede
Foi na mata já quase morta colher uma asa
Foi no rio perguntar se lá mora peixe
Foi saber da amada se ela ama
Foi também perguntar ao pastor se a ovelha negra é branca
Ou branca é negra – preta batina, preto paletó
Foi
Saiu assim pela fresta da porta
E só soube pelo latido do cão,
Que a conhece morando ali,
Bem perto da pisada de formiga
No chão de mim, de outros e tantos
Foi...
Retornou certo dia
E lhe perguntei:
- Que trouxe de sua vinda?
Simplesmente respondeu:
- Trouxe palavras para encher
Algum vazio que ora chegue a tua folha
Onde os homens pisoteiam
Trazendo amor e ódio.
Trouxe a marca de quem sente
Trouxe uma nuvem que guarda água
Trouxe um olho que chove
Trouxe uma faca para sangrar,
Pois às vezes, a palavra não corta,
Como deveria cortar.
Trouxe na verdade,
Um poeta por obrigação de gente.
Seja poeta então,
Amigo Jean.
JeanClaudio
24/02/10
Amigaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirQue coisa lindaaaaaaaaaa!!!
Que riqueza... esse poeta tão brilhnte quanto familiar...
A poesia saiu a rua para colher vidas e me acolheu, me enlaçou, me envolveu no sentimento do seu transladar... Não sei se eu com ela ou ela comigo, mas juntas seguiremos nosso curso do longo percurso... Saudade Queilinha...
P.S.: Hj vi um ex seu e me lembrei instantaneamente de vc.... rsrsrsrrssrsr
Bjãããããããõo
Obrigada querida, suas palavras como sempre sao de bondade e carinho.
ResponderExcluirQual dos exs? rsrsrsrsr
Amei a poesia!
ResponderExcluirMuito linda e expressiva!
Parabéns pra vc e Jean!
Beijos Queila!