Vem e vai, segura e solta
Se alinha e se aninhaA trama cresce, a mente voa...
A forma se forma, e a mente se espreita
As cores se coram, e a mente viaja
A paciência tece vagarosamente
Vence caminhos quase que infinitos
Mas a mente pula, corre, saltita inquieta
Eis que de repente, sem muito esperar
A peça aparece
Cria vida, ocupa um canto
Linda, única, pessoal.
E a mente...
Bem,
essa criou, imaginou, retou, desmanchou,
entediou,
mas a única coisa que não conseguiu,
mesmo com toda essa meditação-terapeutica-crochetiana,
foi se calar.
Mas um dia o crochê consegue essa façanha!
Minha amigaaaa querida, so quem tece a linha, a lã,
ResponderExcluiro fio sabe o deleite de se delinear uma trama, uma teia,
trançada em meio aos nossos loucos devaneios criativos.
Nem sabemos direito explicar essa onda de inventividade
que nos invade e nos chama ao singelo ato de criação...
Em minha meninice em meio às bonecas, lá pelos meus cinco,
seis anos de idade fui apresentada às agulhas pela minha vó
que dizia estar me treinando para ser avó, e desde então
elas são aliadas constantes. Lembro com saudade da alegria
que tomava conta de mim quando meu pai chegava de viagem
com linha, lãs e agulhas, eu bem pequena corria com meu presente, saltitante e me via numa total entraga: para mim aquilo era mais que
um brinquedo, uma brincadeira, selava um pacto de bom convívio comigo mesma, tão ensimesmada e ávida por ver o que surgiria das
minhas mãos.
Parabéns, Quelinha... pela beleza dos trabalhos. Sabemos que há décadas comungamos do mesmo amor ao artesanato, ao fazer não apenas com as mãos, mas com a alma... Bjo querida... Eu desde sempre me sinto uma uma vovó...
Muito criativa como sempre Queila!
ResponderExcluirEstava sentindo falta dos seus posts pra me alegrar e pensar!
Beijos
SEus trabalhos são lindos Queila!
ResponderExcluirDeve ser uma verdadeira terapia tricotar tão bem!
Beijos
Constante e lenta elaboração, no diminuir e aumentar os pontos de uma trama, no fazer e desfazer das malhas. Transformação incessante e permanente, pela qual as coisas se criam e se dissolvem em outras coisas, algo que não é, mas se torna, que existe em constante alteração. Um se perder e se reencontrar, nascimento contínuo, que conduz a arte através da noite, mais longe que o visível ou o previsível, experiência muda de um sentido mudo.
ResponderExcluirBj.
Baísa
Adorei Marisa! não sabia que era também poetisa.
ResponderExcluirObrigada por deixar sua marca aqui no meu cantinho, e de um modo tão lindo! bjs
Marisa, obrigada pela visita.
ResponderExcluirLindas inspiraçoes.
lindo Queila, adorei as tramas de linhas e palavras
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