O universo desponta quando a consciência toma um corpo e uma forma, formas abstratas e formas materiais. Olhe para os milhões de formas de vida só neste planeta. No mar, na terra, no ar e como cada uma dessas formas se reproduz milhões de vezes. Com que propósito? Será que alguma coisa ou alguém está jogando um jogo com a forma?
É isso o que os antigos profetas da India se perguntavam. Viam o mundo como LILA, uma espécie de jogo divino jogado por Deus. As formas de vida individuais não são obviamente muito importantes nesse jogo. No mar, a maioria das formas de vida não sobrevive por mais de alguns minutos depois de ter nascido. A forma humana também vira pó bem rapidamente e, quando ela se vai, é como se nunca tivesse existido. Isso é trágico ou cruel? Só se criarmos uma identidade separada para cada forma e esquecermos que a consciência de cada uma é a expressão da essência divina através da forma.
Se um peixe nasce no seu aquário e você lhe dá um nome de João, escreve uma certidão de nascimento, conta-lhe a história da família dele e, dois minutos depois, o vê sendo engolido por um outro peixe, isso é trágico. Mas só é trágico porque você projetou um eu interior separado onda não havia nenhum. Você se apoderou de uma fração de um processo dinâmico, uma dança molecular, e fez dela uma entidade separada.
A consciência assume formas tão complexas para se disfarçar que acaba se perdendo completamente nelas. Nos dias atuais, a consciência está totalmente identidificada com seu disfarce. Só se conhece como forma e assim vive com medo da destruição da sua forma física ou psicológica. Essa é a mente egóica, e é aqui que surge uma grave disfunção. Agora parece que alguma coisa deu errado em algum ponto ao longo da linha de evolução. Mas isso é parte da LILA, o jogo divino.
Por fim, a pressão do sofrimento criada por essa aparente disfunção obriga a consciência a se desidentificar da forma e a faz despertar do sonho. Ela recobra sua autopercepção, mas num nível muito mais profundo do que quando a perdeu.
Texto: Eckhart Tolle (O poder do Agora)
É isso o que os antigos profetas da India se perguntavam. Viam o mundo como LILA, uma espécie de jogo divino jogado por Deus. As formas de vida individuais não são obviamente muito importantes nesse jogo. No mar, a maioria das formas de vida não sobrevive por mais de alguns minutos depois de ter nascido. A forma humana também vira pó bem rapidamente e, quando ela se vai, é como se nunca tivesse existido. Isso é trágico ou cruel? Só se criarmos uma identidade separada para cada forma e esquecermos que a consciência de cada uma é a expressão da essência divina através da forma.
Se um peixe nasce no seu aquário e você lhe dá um nome de João, escreve uma certidão de nascimento, conta-lhe a história da família dele e, dois minutos depois, o vê sendo engolido por um outro peixe, isso é trágico. Mas só é trágico porque você projetou um eu interior separado onda não havia nenhum. Você se apoderou de uma fração de um processo dinâmico, uma dança molecular, e fez dela uma entidade separada.
A consciência assume formas tão complexas para se disfarçar que acaba se perdendo completamente nelas. Nos dias atuais, a consciência está totalmente identidificada com seu disfarce. Só se conhece como forma e assim vive com medo da destruição da sua forma física ou psicológica. Essa é a mente egóica, e é aqui que surge uma grave disfunção. Agora parece que alguma coisa deu errado em algum ponto ao longo da linha de evolução. Mas isso é parte da LILA, o jogo divino.
Por fim, a pressão do sofrimento criada por essa aparente disfunção obriga a consciência a se desidentificar da forma e a faz despertar do sonho. Ela recobra sua autopercepção, mas num nível muito mais profundo do que quando a perdeu.
Texto: Eckhart Tolle (O poder do Agora)