domingo, 8 de novembro de 2009

O Nosso Pão de Cada Dia

Ninguém sabe ainda se a gripe suína vai se tornar uma pandemia mundial, mas está ficando cada vez mais claro de onde ela veio: muito provavelmente de uma gigantesca fazenda industrial de criação de suínos mantida por uma corporação multinacional americana em Veracruz, México.



Essas fazendas industriais são repulsivas e perigosas e se multiplicam rapidamente. Milhares de porcos são brutalmente comprimidos para dentro de celeiros imundos e recebem um jato com um coquetel de drogas, pondo em risco sanitário mais do que simplesmente nossa alimentação. Esses animais e suas lagoas de estrume criam as condições ideais para gerar novos e perigosos vírus como o da gripe suína. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO) precisam investigar e criar mecanismos de controle para essas fazendas a fim de proteger a saúde do mundo.




Por dentro das fazendas industriais




A União Européia já reconhece as provas científicas de que animais de produção são capazes de sentir emoções, desde prazer até sofrimento.



Ainda assim, fazendeiros industriais continuam a aprisionar ou acorrentar milhões de animais em péssimas condições, tratando-os como máquinas de linha de produção.






Os fazendeiros orgânicos criam seus animais de acordo com as “cinco liberdades”, uma lista, com base científica, de princípios para animais. Ela foi estabelecida pelo Conselho para o Bem-Estar dos Animais de Produção do Reino Unido (UK Farm Animal Welfare Council), segundo a qual os animais devem estar:



1. Livres de fome e sede

2. Livres de desconforto

3. Livres de dor, ferimentos e doenças

4. Livres para expressar seu comportamento natural

5. Livres de medo e angústia



Os animais nas fazendas industriais não estão em conformidade com nenhum desses itens. Seu sofrimento incessante é ingrediente de toda carne e laticínios produzidos nas fazendas industriais.





Como as fazendas industriais produzem ovos?

Produção intensiva de ovos, na Colômbia

Três quartos de todas as galinhas poedeiras são confinados em gaiolas, junto com até outras 90.000 aves. Uma galinha de fazenda industrial pode ser uma das dez aves confinadas em uma gaiola mínima. Ela nunca poderá abrir suas asas. Nunca ficará ao ar livre, ou andará ou bicará o solo. A galinha não poderá pôr seus ovos em um ninho.




Um terço de seu bico é cortado para que não bique as outras galinhas amontoadas à sua volta. A falta de movimento tornará seus ossos frágeis e quebradiços.



E quanto ao bacon?

Uma porca criada em uma fazenda industrial é contida durante toda sua vida. Aprisionada em um compartimento ínfimo, não consegue nem se movimentar. Algumas vezes, pode também estar presa por uma corrente curta.



Seus ossos ficam fracos e seus músculos, desgastados. E ela ainda sofre com ferimentos e cortes dolorosos, além de problemas cardíacos. A má qualidade do ar provoca infecções pulmonares e outros problemas respiratórios.



Em muitos países, os porcos de engorda são criados em ambientes internos, em baias superlotadas, imundas, com piso de concreto ou de tábuas, geralmente com pouca luz natural. Seus excrementos são lançados ao ambiente, causando poluição do ar e das águas.







Impedidos de se comportarem naturalmente, os porcos terminam freqüentemente mordendo os rabos e mastigando as orelhas uns dos outros.






Para evitar esse problema, os fazendeiros então cortam seus dentes e rabos. Essas mutilações, geralmente feitas sem anestesia, provocam longo e doloroso sofrimento.

Vejam esses vídeos que com humor, mostram a realidade nua e crua de nosso sistema de alimentação:



Creio que já passou da hora da gente prestar atenção de onde vem a nossa comida e tentar achar uma alternativa à produção industrial. A produção orgânica já é uma realidade sustentável e produtiva, por enquanto mais cara, mas se fizermos todas as contas de remédios, médico e doenças que temos com a produção tradicional, veremos que não é bem assim. Se houver uma mudança em massa, esse custo naturalmente será mais barato.

Faça a sua parte!


          http://www.wspabrasil.org/

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