terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dora Maar, a musa inspiradora

Foram sete as mulheres oficiais de Picasso, mas Dora Maar,  repetidamente retratada por ele, lhe rendeu alguns de seus mais expressivos trabalhos.


                         

 
 
No inverno de 1936, uma mulher morena de cabelos pretos e olhos verdes, sentada no Deux-Magots, restaurante que o pintor freqüentava, lhe chamou a atenção. Dora Maar era atraente e não convencional. 
Ela tinha 27 anos e ele 55 quando se conheceram. Pintora, fotógrafa e inteligente, foi amante de Picasso por sete anos. Incentivou-o a assumir posicões políticas contra os governos de força, e em 1937 teve papel fundamental na execução de Guernica. Ela fotografou passo a passo a produção, ajudou a concebê-lo e até a pintá-lo.
 
 




Passaram juntos os anos de ocupação da França na Segunda Guerra, quando Picasso foi proibido de realizar exibições. No período, Dora aparece em vários telas. No início, ele a pintava mais realisticamente, depois, as mais marcantes, mostram uma mulher desfigurada, chorando, beirando à monstruosidade.



                      




















Um dos quadros de Dora Maar, pintado em 1941 foi vendido em 2006 pelo preço de mais de 95 milhões de dólares. Não se sabe quem foi o comprador!




  Conta-se que, quando Picasso, então com 60 anos, conheceu Françoise Gilot, que tinha 23, sua mulher, Dora Maar, comentou que ele repetia com todas uma mesma técnica de conquista, dizendo: “Sabia que antes de você nascer eu pintei o seu rosto? Quando você anda pelas ruas, nunca lhe disseram que você é um quadro de Picasso?”
 
 
                    
 
    Picasso exercia um magnetismo tão grande sobre suas amantes que a vida realmente deixava de fazer sentido sem ele. Costumava se retratar como um minotauro, um ser monstruoso, fruto de amores que vão além do entendimento, protagonista de relações violentas, eróticas e cruéis. Foi essa sexualidade selvagem que transpirou pelo desenho de suas mulheres. Na Paris do século passado, Picasso devorou pessoas e eventos com grande paixão, e transformou-as em arte.
 
 

 
Dora Maar, foi a amante que mais sofreu com a separação. Trocada por Françoise Gilot, entrou em processo esquizofrênico e foi internada num hospital para doentes mentais. Depois, passou anos reclusa num convento. Morreu sozinha em seu apartamento, em Paris, aos 90 anos.
 
 




Para saber mais: http://historianovest.blogspot.com/2009/07/as-mulheres-de-picasso.html

 
 

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