domingo, 18 de novembro de 2007

O Poeta de Cara Vermelha

Tudo pra mim é matéria de poesia, principalmente as pessoas que moram dentro da minha cidade interior.
Dentro de mim há ruas, casas, luzes e pessoas.
E em cada cômodo, planto e rego uma poesia, meu respirar,
Meu correr de sangue
Meu bater de coração.
Vou insistir tanto, que o belo ficará mais belo.
Que o mal sairá pelas portas, janelas e orifícios,
E que minha cidade terá mais luzes e pessoas
Bichos, plantas e água que limpa e mata a sede.
Vou insistir tanto, que alguém dirá pelos olhos:
- Lá vai passando um anjo semeando poesias em nossos
Cômodos de dentro.
Lá vai um anjo.
Lá vai um poeta de cara vermelha.

Vou insistir tanto, que meu nome só será poeta.
Como árvore só é árvore.
Como pedra só é pedra, mesmo dentro do rio.


JeanClaudio
14/11/07


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